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A ofensiva chinesa no mercado automotivo brasileiro ganhará mais um capítulo importante nos próximos anos. A Omoda, marca pertencente ao grupo Chery, confirmou a chegada e, mais notavelmente, a produção nacional do seu novo crossover de entrada, o Omoda 3. Apresentado recentemente em Wuhu, na China, o modelo promete agitar o segmento de SUVs compactos, mirando diretamente em concorrentes estabelecidos como o Fiat Pulse e o Renault Kardian.
Design Ousado e Dimensões Compactas
O Omoda 3 não passará despercebido nas ruas. Com um design descrito pela própria marca como inspirado nos superesportivos da Lamborghini, o crossover exibe linhas agressivas e vincadas. A dianteira é marcada por um conjunto óptico dividido: luzes diurnas de LED afiladas na parte superior e os faróis principais alojados mais abaixo, integrados a um para-choque robusto e esportivo. Essa abordagem confere uma identidade visual forte e moderna ao veículo.
Embora as dimensões exatas ainda não tenham sido divulgadas oficialmente, espera-se que o Omoda 3 se posicione na faixa dos 4,20 metros de comprimento, alinhando-se com os principais players do seu segmento. Na traseira, as lanternas interligadas por uma barra preta lembram outros modelos do grupo, como o Jaecoo 7, mas com um desenho interno em formato de raio e uma extensão que avança pela lateral. As rodas de 19 polegadas vistas no modelo de apresentação conferem um porte imponente, embora versões de produção possam adotar tamanhos mais convencionais.
O interior, revelado brevemente, aposta em um conceito minimalista e tecnológico, com forte inspiração em “espaçonaves”. A ausência de botões físicos é compensada pela presença de telas digitais proeminentes: um painel de instrumentos configurável e uma grande tela vertical para a central multimídia, seguindo a tendência vista em outros lançamentos recentes.
Motorização Híbrida e Produção Nacional Estratégica
Um dos grandes trunfos do Omoda 3 para o mercado brasileiro será a sua motorização diversificada e a produção local. Estão previstas duas opções de motor: um inédito 1.0 turboflex para as versões de entrada e, o mais interessante, um 1.0 turboflex híbrido HEV (Hybrid Electric Vehicle) para as configurações superiores. Este sistema híbrido convencional, similar ao utilizado pelo Toyota Corolla Cross, não necessita de recarga externa e promete combinar bom desempenho com eficiência de combustível, um diferencial importante frente aos concorrentes que devem apostar em sistemas híbridos leves.
A decisão de fabricar o Omoda 3 no Brasil, com início previsto entre o final de 2026 e o começo de 2027, é um movimento estratégico da marca. A localização exata da fábrica ainda está em definição, com possibilidades incluindo a antiga planta da Troller no Ceará ou a unidade que pertenceu à Caoa Chery em Jacareí (SP). Essa nacionalização visa não apenas reduzir custos e driblar impostos de importação, mas também posicionar o Omoda 3 como um veículo de volume, impulsionando significativamente a presença da marca no país.
Posicionamento de Mercado e Concorrência
A Omoda demonstra ambição com o posicionamento de preço do seu novo crossover. Segundo informações preliminares de representantes da marca, a faixa de preço inicial almejada para o Omoda 3 no Brasil seria em torno de R$ 130.000. Se confirmado, esse valor o colocaria em confronto direto com versões intermediárias e topo de linha de rivais como Fiat Pulse e Renault Kardian, além de competir no mesmo território de modelos como o Volkswagen Nivus. A chegada do Omoda 3 reforça a contínua expansão das marcas chinesas no Brasil, oferecendo mais opções com design moderno, tecnologia e, agora, a vantagem da produção local e motorização híbrida.
A combinação de estilo arrojado, interior tecnológico, opções de motorização eficiente (incluindo a híbrida) e produção nacional coloca o Omoda 3 como um forte candidato a agitar o mercado de SUVs compactos nos próximos anos. Resta aguardar a confirmação final das especificações e preços para o mercado brasileiro.
Fonte: UOL Carros